02/06/2017

Márcio Lugó

Márcio Lugó

Nosso convidado da semana é nada menos que Márcio Lugó.
Cantor, compositor e produtor musical, esse paulistano, formado em música, vem crescendo cada vez mais no meio da MPB, traz em suas canções sentimentos e reflexões, que envolvem nossos sentidos e nos fazem querer conhecer mais desse universo "Lugó".
O Ela é de Julho conseguiu uma entrevista super bacana com esse artista maravilhoso. Na conversa abaixo, Márcio nos conta como começou sua carreira e como é o processo de criação musical, entre outras curiosidades que vocês vão adorar saber.

Ela é de Julho: Como você descobriu que queria ser músico? Alguém te motivou?
Márcio: Então, música pra mim foi sempre um processo bem gradativo, quando eu tinha 16 anos comecei a entrar mais nesse universo, ouvindo algumas bandas de rock e tal, a partir daí eu fui aos poucos me envolvendo cada vez mais e quando eu vi já estava no meio desse processo de me tornar um músico, me tornar um artista. Não foi algo que teve um momento chave, foi acontecendo aos poucos e quando eu vi eu já tava lá.

Ela é de Julho: Qual foi o primeiro instrumento musical que você aprendeu? Como foi esse primeiro contato?
Márcio: O meu primeiro instrumento foi o contrabaixo elétrico, na verdade foi um instrumento que eu levei durante muito tempo na minha vida, eu sou formado em música, inclusive com especialização em baixo elétrico. Eu estudei esse instrumento a fundo durante muito tempo, era coisa de ficar 8 horas por dia estudando, mas em 2008/2009 quando eu estava terminando a faculdade, foi quando eu comecei, mais ou menos dez anos depois de ter começado a tocar, a deixar de lado um pouco esse instrumento e partir um pouquinho mais pro violão e para as minhas canções mesmo.

Ela é de Julho: O que te inspira a compor? A criatividade funciona a todo o momento ou é necessário algum ritual?
Márcio: Têm varias coisas que influenciam e me estimulam a compor, uma delas é quando vou em algum show, de um amigo ou de algum artista mais conhecido, eu saio de lá com uma vontade de chegar em casa, tocar violão, cantar e compor algumas coisas, eu acho que tem essa maneira e para escrever as minhas músicas, as minhas letras, é muita influencia do dia a dia, das coisas que acontecem no nosso país, das coisas que acontece no nosso planeta e das coisas que acontecem comigo também pessoalmente, eu acho que tudo isso de certa forma influencia para eu querer escrever alguma coisa.

Ela é de Julho: Em seu disco podemos notar um lado mais de protesto e outro mais romântico. Essa forma de compor músicas com diferentes objetivos é algo espontâneo?
Márcio: Sobre música de protesto e música mais romântica, isso daí não é pensado, não é uma coisa natural. É como eu te disse, eu sou muito influenciado pelas coisas que acontecem à minha volta, então às vezes eu acabo voltando mais pra esse lado da crítica social, da critica política. As vezes é algo mais pessoal, não é muito pensado é uma coisa que eu percebo ao longo dos meus três discos, eu fui saindo bastante desse lado da crítica social indo para o lado mais pessoal, mas também não foi algo que eu pensei é algo que eu só consigo observar na minha obra.

Ela é de Julho: Como funciona o processo de composição musical?
Márcio: O processo de criação musical não tem muita regra, na verdade a regra é não ter regra né, eu tento às vezes começar a música fazendo uma letra primeiro, então a partir da letra, das palavras, ela me proporciona algum ritmo, ou às vezes eu tenho uma levada de violão e começo a fazer uma melodia em cima e a cantarolar... e daí sai algumas palavras e eu tenho um tema e daquelas palavras eu vou montando esse tema, ou as vezes eu tenho um tema mesmo e falo "meu como que eu quero falar isso? Como eu quero expor?" e começo a trabalhar em cima disso. Então, a minha regra é não ter regra, porque cada música eu começo de um jeito diferente e é provável que ela tome um caminho diferente e isso que eu acho muito interessante pro artista

Ela é de Julho: Qual foi a música que você teve mais trabalho para compor? Qual a sua favorita? Existe alguma que você pensa que deveria ter feito de outra maneira?
Márcio: Sobre a música, eu não sei se tem alguma que foi mais difícil de compor, todas são difíceis, né?! Claro que algumas um pouquinho menos, outras um pouquinho mais, mas todas são difíceis para chegar em algo que me agrade. Eu não tenho uma favorita, mas as músicas tem fase, tem fase que eu tô gostando mais de uma, tem fase que eu to gostando mais de outra e na verdade isso varia muito de acordo com a resposta do público no show. Quando vem uma resposta mais calorosa para alguma música específica a gente vai se empolgando com ela, de repente muda, outra música a galera começa a falar mais, então é o que vai transitando. É que nem filho, a gente não tem um filho favorito (risos) né?! Então são momentos, tem hora que a gente tá dando mais atenção para uma, tem hora que a gente tá dando mais atenção para outra.

Ela é de Julho: Quais artistas você costuma ouvir atualmente?
Márcio: Eu tenho ouvido muito shuffle do Spotify, então eu não tenho um artista específico, fica rodando lá vários artistas e eu vou conhecendo, mas quando eu li a sua pergunta um cara que veio na minha cabeça assim muito rápido foi o Chet Faker, que é um artista que eu acho muito interessante ele cantando, as composições são harmonicamente simples mas é de uma riqueza muito grande é um cara que vale a pena dar uma conferida que é o Chet Faker.

Márcio Lugó fará um show esse domingo, dia 04 de Junho, no Centro Cultural São Paulo, às 18 horas, para o lançamento de seu terceiro disco, "Pendulo". Consulte a agenda, pois além de São Paulo, o cantor estará se apresentando por todo o Brasil.


Agenda Márcio Lugó: http://www.marciolugo.com/

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